VAMOS REDUZIR A NOSSA PEGADA HUMANA!..........
VAMOS COMER OS PRODUTOS SÓ NA ÉPOCA EM QUE SÃO PRODUZIDOS !..............................................
VAMOS TODOS SEPARAR O LIXO E FAZER A RECICLAGEM!

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

A VIDA ATRIBULADA DE UMA EMPREGADA DOMÉSTICA

Este texto faz parte do meu livro (( Cronicas do tempo )) que um dia muito longínquo será lido pelos meus descendentes.....
Esta é boa para acumular poeira pó e afins

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   A minha vida é muito interessante! Senão vejamos: lavo a roupa e estendo, se chove apanho, senão, deixo secar e passo; entretanto, mudo a cama, aspiro, limpo o pó e lavo o chão; faço a comida, ponho a mesa, lavo a louça e apanho a roupa. 
De novo, começo: passo a ferro, arrumo as coisas, aspiro, lavo o chão, limpo o pó, estendo a roupa, faço as camas, arrumo a cozinha. 
Noutra casa a coisa muda. Vejamos: chego e começo por fazer uma máquina de roupa, depois: aspiro, lavo o chão, também a louça, depois passo e limpo o pó, pois é! Faço tudo igual.
Quantas camas faço por semana? Nove, lençóis, quantos passo? O dobro no mínimo, e pó? Meu Deus, é melhor nem falar. 
Até já pensei escrever um livro sobre o pó! Até já escrevi alguns textos sobre isso, aspiradores? Odeio, mas é um mal necessário. 
Como é óbvio não gosto do meu trabalho, quando falo com alguém, não tenho assunto, não me vou por a falar sobre limpezas e roupas. Então por isso refugio-me nos livros, nos filmes e, sempre que posso, no teatro; assim, sim, já tenho um ou outro assunto mais interessante. As pessoas falam de trabalho, da carta que escreveram! Do chefe que é chato! Da colega que está grávida! Do relatório sobre sondagens! Do grande negócio que fizeram ou que a empresa vai fazer!... E eu não tenho desses assuntos para conversar.
O que me vale são uns intervalos que eu faço para escrever estes textos que vou juntando, talvez um dia se transformem num livro que ninguém vai ler, ou então será; OS DIÁRIOS DE UMA EMPREGADA DOMÉSTICA, com manias de grandeza ao nível da cultura e da literatura...Ah! Ah! Ah!
    Bom! Mas aqui também podia escrever um livro, sobre as vidas das pessoas que vou conhecendo, romances de intrigas ou de traições que sempre acontecem, histórias de famílias de bem, mas que de bem pouco têm. Mas não quero, prefiro falar de mim e do meu trabalho, que, pelo que já se viu, é muito mais interessante. Contar histórias de fantasia, coisas que não passam pela cabeça de ninguém, falando nisso, lembrei-me de uma! Vou contá-la já!
  Nesta história qualquer comparação com a ficção é pura coincidência, tudo o que aqui é relatado é a dura e triste, ou alegre, realidade.
   Dou a voz aos protagonistas; O pó, o cotão e outros pós.
   Nós, o pó somos um e milhares, somos no singular mas estamos em toda a parte, estamos nos sítios mais absurdos, estamos desde o simples móvel liso onde somos perfeitamente visíveis, até aos sítios mais escondidos da casa, e não só, também entramos nos narizes das pessoas, mas isso é outra história.
   É praticamente impossível apanhar-nos, o mais perigoso é o aspirador mas mesmo assim acabamos sempre por ser libertados de uma forma ou outra. Há realmente pessoas que são implacáveis, aspiram, apanham-me com produtos tóxicos e panos amarelos, não entendo porquê! Porque é que os panos assassinos de pó são sempre amarelos?! Enfim, assassinos é como quem diz, porque apanham-me dentro de casa e logo me dão liberdade na varanda ou na janela. Eu só passo da casa para a rua, logo volto a entrar em casa ou levado pelo vento ou agarrado às roupas dos transeuntes, ou numa casa, ou noutra, eu sempre volto ao ponto de partida. Nunca, por mais que tentem, conseguem liquidar-me porque sou imortal, mesmo que me apanhem com aquelas máquinas de água, não sei se conhecem? Nós entramos todos juntinhos para um depósito de água, como a água mais tarde ou mais cedo acaba por evaporar, eu, nós o pó, ficamos livres novamente. Como constatam, eu só mudo de sítio! Mas nunca acabo, e não vale a pena pensar que se limpou o pó hoje, amanhã já há outro, ou será o mesmo? Isso só quem sabe sou eu, porque vocês sabem lá o que me aconteceu entretanto?
   Se eu vos contasse as minhas aventuras, ficaríamos aqui até ao fim do mundo. Se esta caçadora de pó me deixar eu hei-de contar-vos algumas bem interessantes, mas por agora vou passar a palavra ao meu irmão, o cotão. Somos irmãos por parte de pai, a mãe era outra. Eu não me dou muito bem com ele, apesar de ele sempre se tentar misturar comigo, por exemplo, ando eu muito feliz no ar a observar tudo lá de cima quando ele me chama e me agarra a ele, atraindo-me como um íman, e por ali ficamos juntos em bolinhas levados de um lado para o outro pela deslocação do ar. O meu irmão gosta muito de mim, mas se eu andar sozinho é muito mais difícil apanharem-me! Se andar agarradinho a ele sou muito mais visível e até digo mais, temos muito mau aspecto quando estamos juntos, enfim eu depois explico melhor! Agora para ele não ficar com ciúmes vou deixá-lo falar.
    Olá! Eu sou o cotão! Eu moro sozinho! Nas roupas, nas bainhas das calças, nos colchões, nas bainhas dos cobertores, nos cantos dos rodapés, dentro dos televisores, dos rádios, atrás dos fogões etc. etc. mas eu gosto mesmo é de ficar no escuro, em sítios bem quentinhos, onde nunca ninguém vai. Sou capaz de ficar anos, atraindo os meus irmãos e juntando, juntando, ficando … até aparecer alguém com a mania das limpezas.
   O meu irmão diz que é diferente de mim. Ah! Ah! Ah! Ele ainda não percebeu que eu sou ele, só que sou muitos! Quando digo muitos! Digo mil milhões de milhões, um número incalculável, ou seja, infinito! Assim uns por cima dos outros, tornamos-nos num só, eu! Entendem? O meu irmão não entende.
    Um dia estava eu muito tranquila a crescer dia a dia juntando-me com outros pós agarradinha a um tapete grande, feliz da vida a ver passar o aspirador e a vassoura, mas sempre no meu cantinho a crescer e a ver as outras bolinhas de cotão, minhas irmãs, a serem sugadas pelo implacável aspirador, ou arrancadas à força pela vassoura ou mesmo à mão, sim, porque quando nós nos agarramos aos tapetes, as pessoas arrancam-nos com as unhas implacáveis, esmagam-nos entre os dedos e metem-nos em sanitas ou nos caixotes do lixo, onde nos misturamos com toda a qualidade de lixos e de onde é muito difícil sair. Já ouvi histórias horrorosas, contadas por irmãs minhas, em que levaram anos para se libertarem dos lixos, mas como se sabe, nós o pó acabamos sempre por nos libertarmos. Voltando ao que estava a contar, lá estava eu em paz e feliz da vida, quando o tapete é levantado e eu sou arrastada sem que me apercebesse quando o tapete é sacudido violentamente, eu quase fui pelo ar voando, mas não, lá consegui agarrar-me ás pontas do tapete, como se não bastasse, escovaram e voltaram a escovar até que não aguentei e fiquei presa à escova. Quando a caçadora de pó atirou a escova para a dispensa eu libertei-me e fui instalar-me num cantinho entre a parede e o pé da prateleira e lá fiquei algumas horas até que, acende-se a luz, e qual não é o meu espanto! Aparece o aspirador com aquele barulho ensurdecedor a puxar tudo o que é pó e outros lixos que se encontravam felizes ali naquele escurinho tão agradável. Aí, eu fui sugada, mas no mesmo instante em que fui levada do meu cantinho o aspirador desligou-se e eu fiquei presa no cano. Não sei se tenho sorte ou se sou muito resistente, o aspirador foi levantado e eu caí, com a deslocação do ar lá voltei, outra vez, para um cantinho da dispensa. Tinha acabado de me acomodar quando, eis que chega a esfregona, mas essa não faz mal a ninguém, só nos empurra mais para os cantos onde nós podemos ficar mais tempo.
    Escapei desta! Agora vou deixar falar a minha irmã, a poeira.
     Olá! Eu sou a poeira e não gosto de falar, o que eu gosto mesmo é de fazer jumping, é mesmo assim que passo a maior parte da minha vida, enquanto flutuo no ar suavemente. Querem saber como é? Pois muito bem! Entro nos narizes das pessoas e começo a dançar lá dentro, passado pouco tempo elas espirram e eu sou disparada saltando para longe a uma velocidade incrível, embora saia molhada como sou muito leve, seco rapidamente e volto a fazer o mesmo. A minha vida é muito divertida, não me importa os meus irmãos nem quero ter nada a ver com eles. Xáu!... Vou divertir-me. 

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Favas, tremocilha de estrume e cebolo

Este blogue para além de mostrar o meu quintal e o que lá faço, serve sobretudo para meu diário da horta...
 Este fim de semana voltei ao quintal para semear as favas, como ainda era minguante aproveitei, convêm semear sempre no minguante, semeei também tremocilha de estrume, no ano passado o inverno foi tão seco que elas nem nasceram mas, ontem já lhes choveu em cima pode ser que corra melhor...
 Plantei dentro da estufa que o J. fez no ano passado, algumas alfaces, semeei assim tudo junto a semente de cebola que eu guardei...
Foi de uma cebola que espigou e deu duas bolas enormes de flor...
Espalhei por cima casca de ovo moída, a ver se as lesmas se enrolam e não chegam às alfaces
                                                                                                                                                                     
Parece que trabalhei muito mas, para as favas não precisamos de cavar a terra é só enterra-las...

Com a tremocilha é a mesma coisa.

Entretanto tentei cavar um bocado de terra para guardar já para as batatas mas, não se consegue meter a enxada, é uma parte de terra onde nunca fiz nada, não é lavrada nem cavada desde que eu fiquei com ela..

Quem cuidava era o meu vizinho e ele usava o tractor, agora como já não é tratada há para aí uns quatro ou cinco anos, está dura!!! Não sei se serei capaz de tratar só com a enxada mas, tem que ser aos poucos e poucos

Já viram o tamanho desta couve??

Foi das que sobraram do ano passado....daqui a pouco tenho que levar o escadote para tirar as folhas.... hé! hé! hé!


domingo, 14 de outubro de 2012

Plantar alhos?????

Pois é, parece estranho e é mesmo...
Quando em Junho apanhei os alhos para guardar, deixei (( não sei como )) muitos para trás, agora com a chuvinha e a humidade eles, toca de rebentar todos contentes...
 Eu que não gosto de perder coisas, nem entrar em desperdícios, (já no ano passado fiz o mesmo mas eram menos) toca de apanha-los, separar os dentinhos e plantar, no ano passado nem notei a diferença dos outros que semeei em Dezembro...
Este ano esperemos que também resulte, como são muitos, parte do trabalho já está feito...
 E cá está um dos meus trabalhos deste fim de semana, esperemos que dê resultado, ainda deu mais de um cento deles, que o Jozéf esteve a conta-los.
Para além disso, também plantei brócolos e alfaces, para as lesmas comerem, lesmas e caracóis.... são tantos meu deus... Acho que tenho que recorrer a algum químico, não se conseguem controlar..
Quando lá estive há duas semanas, espalhei cinza, areia e cerveja, apanhei muitas mas, não é suficiente, as couvinhas estão todas furadas, as que sobreviveram !!....Hoje coloquei junto ao pé das plantas, serradura.... a ver se resulta, vamos rezar.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

A terra dá trabalho!!!

Antes


A terra dá trabalho, dá sim senhor.
Ontem fui até ao quintal e trabalhei que me desunhei...


Depois


O Caos 
Entretanto cá está o trabalhinho concluído
O resultado


Cavei um bom bocado de terra que vai ficar a descansar para em Dezembro semear os alhos....






Entretanto, não dá para ver mas, plantei meio cento de couves portuguesas, semeei cenouras, coentros e couves de nabo

Do canteiro que fiz, na ultima vês que lá fui???

As lesmas e os caracóis comeram praticamente todas... escaparam umas quatro....

Para evitar o pior, espalhei cinza, areia e caixinhas com cerveja....
Vamos ver se resulta....



Do lado oposto o caos manda!!!

A horta do verão está toda baralhada, a mangueira espalhada, as abóboras continuam a dar flor, os pimentos estão cheios de flor mas, frutos???









É mentira, só as couves crescem e dão folhas tenras e lindas... apanhei um braçadão




Agora vou descansar acabei de chegar e não tenho força para mais nada....